
O superintendente do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, entregou nesta terça-feira (7) ao procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF), Carlos Henrique Dumont Silva, a nova versão da lista suja do trabalho escravo, documento que reúne empregadores flagrados explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão no Brasil.
A atualização nacional incluiu 159 novos nomes entre 2020 e 2025. Apenas em Minas Gerais, foram registradas 33 novas inserções, o que representa um crescimento de 20% em relação ao levantamento anterior, de 2024. “Em segundo lugar, vem São Paulo, com 19 novas ocorrências. Ou seja, se São Paulo, que é um estado tão populoso e denso, teve 19 nomes incluídos na lista suja, Minas Gerais teve 33, quase o dobro do segundo colocado”, destacou Calazans.
Os casos mais recorrentes estão ligados à pecuária de corte, aos serviços domésticos e ao cultivo agrícola, que concentram cerca de 70% das ocorrências.
Segundo o superintendente, o alto número de registros em Minas não significa maior incidência de trabalho escravo, mas sim maior eficiência das fiscalizações realizadas no estado. “Minas responde por quase 20% dos casos de todo o país, mas esse número, segundo ele, não indica que o estado tenha mais trabalho escravo, e sim que há maior eficiência nas fiscalizações”, afirmou.
Denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser realizadas de forma online e sigilosa pelo Sistema Ipê, plataforma oficial do governo federal destinada ao recebimento dessas ocorrências.
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