
Um tribunal na China condenou à morte 11 integrantes da família Ming, acusados de comandar centros de fraude em Mianmar. A decisão, divulgada pela emissora estatal CCTV, foi tomada nesta segunda-feira (29) na cidade de Wenzhou, no leste do país.
Ao todo, 39 membros da família receberam diferentes penas por seu envolvimento no esquema criminoso. O clã atuava na cidade de Laukkaing, próxima à fronteira com a China, transformada em um polo de jogos de azar, tráfico de drogas e golpes digitais.
Segundo a ONU, Laukkaing já havia sido identificada como um dos principais centros de operações fraudulentas no Sudeste Asiático, envolvendo o uso de chamados “ciberescravos”. Estima-se que mais de 100 mil estrangeiros, muitos deles chineses tenham sido atraídos para a região com falsas promessas de emprego. No entanto, acabaram presos e forçados a trabalhar longas jornadas em esquemas de fraude online que atingem vítimas em diferentes partes do mundo.
Esse caso reforça a pressão internacional sobre Mianmar e outros países da região para combater o crime organizado transnacional e proteger milhares de pessoas submetidas a trabalho forçado em operações digitais fraudulentas.
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