Aconteceu nesta quinta-feira (24), a Audiência Pública para debater os serviços de captação de água, saneamento e esgotamento sanitário da Copasa em Frutal, para a população apontar suas demandas, falhas nos serviços e avaliação sobre a prestação de serviços da Copasa no Município.
Na oportunidade, todos inscritos puderam fazer a sua manifestação, com destaque para os servidores da Copasa que comparecem em massa, acompanhados de líderes sindicais dos trabalhadores da Copasa.
Dentre os vários colaboradores, aposentados e lideres sindicais da Copasa, em suas falas sempre na defesa da Copasa em Frutal, retratando a história dela na cidade, investimentos e capital de investimentos. Porém, não buscaram discutir a qualidade dos serviços, as falas no abastecimento de água, o mal cheiro da estação de tratamento de esgoto, os problemas de cortes e cobranças indevidas e, sem mencionar as altas tarifas. Contudo, os frutalenses que fizeram uso da palavra, atestaram os problemas vividos com a falta de água nos bairros nas regiões alta da cidade, as tarifas exorbitantes, e a qualidade da água que muitas vezes é distribuída com excesso de cloro e produtos de tratamento e em outras situações a água chega com terra ou amarelada.
O prefeito de Frutal, Bruno Augusto, criticou duramente a atuação da Copasa e defendeu a abertura de um amplo debate sobre o futuro da concessão dos serviços de água e esgoto no município. Bruno afirmou que a Prefeitura cumpre seu papel institucional de fiscalização e cobrou melhorias. Segundo ele, a diretoria da empresa não dialoga com o Executivo e ignora convites para reuniões. “Há quatro anos tento conversar com a Copasa e com o Estado, mas não sou ouvido”, disse. O prefeito também questionou os investimentos realizados pela companhia, que, segundo ele, são desproporcionais ao lucro obtido na cidade. Bruno afirmou que os trabalhadores locais não serão prejudicados em caso de rescisão contratual e defendeu a possibilidade de abertura de licitação para novos prestadores. “A Copasa não é a única empresa no mundo. Vamos buscar alternativas.”
Ele reforçou que qualquer decisão será tomada com responsabilidade, legalidade e transparência. “Se houver rescisão, será uma decisão do Executivo. A Câmara me apoia, mas a caneta está comigo.” O prefeito atestou que está foi a primeira Audiência Pública, sendo que serão realizadas outras audiências, quando a intenção é ouvir as demandas, necessidades e vivencia dos usuários dos serviços da Copasa em Frutal. Bruno, afirmou que a situação do contrato será discutida no momento oportuno e, com quem tem autonomia para discutir o contrato de concessão, pois as audiências é para ouvir o povo frutalense.
Ministério Público defende legalidade e propõe foco nos debates
O promotor de Justiça Dr. Roberto Carlos destacou o papel do Ministério Público na garantia da legalidade e da justiça social, afirmando que o foco é a dignidade do cidadão e a responsabilidade do poder público. Ele atestou que desde 2017, são dezenas de processos contra a Copasa e a resposta é sempre a mesma, jogando a responsabilidade para falta de energia e vandalismo. Como se isto, afastasse a sua responsabilidade em prestar um serviço de qualidade a todos usuários.
Já a promotora Dra. Angélica defendeu a participação popular e sugeriu a estruturação de reuniões futuras por temas, como falta d’água, esgoto, tarifas e investimentos. Ela reforçou a necessidade de uma comissão municipal de fiscalização e pediu objetividade nos debates. “Esse momento pode ser o início de uma fiscalização efetiva.”