
O governo de Minas Gerais anunciou, nesta terça-feira (16), uma nova estratégia de enfrentamento ao crime organizado no sistema prisional. A partir da medida, seis unidades prisionais do estado passarão a ser exclusivas para presos integrantes de facções criminosas, especialmente as de maior atuação nacional, como o Comando Vermelho (CV), o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Terceiro Comando Puro (TCP).
O objetivo da iniciativa é isolar os membros dessas organizações criminosas, reduzindo a articulação interna e externa das facções. As unidades contarão com reforço no efetivo de agentes penitenciários e com o uso de recursos tecnológicos, como bloqueadores de sinal de celular, cuja entrega aos presídios está prevista para fevereiro.
A expectativa do governo estadual é que, até o início de 2026, cerca de 3 mil presos faccionados que atualmente cumprem pena em Minas Gerais sejam transferidos para essas unidades específicas. As localizações dos presídios não foram divulgadas por questões de segurança. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira.
De acordo com o vice-governador Mateus Simões (PSD), as principais facções com ramificações em Minas são o PCC, o CV e o TCP. Além dos aproximadamente 3 mil detentos atualmente presos, outros 6 mil integrantes de facções são monitorados pela segurança pública por já terem passado pelo sistema penitenciário. No novo modelo, presos de facções diferentes não serão alocados na mesma unidade.
“Poderíamos pensar que três unidades resolveriam, porque são três grandes facções de maior atuação. Mas o número de faccionados supera a capacidade dos nossos presídios, por isso serão seis. Temos cerca de 3 mil faccionados presos e outros 6 mil que passaram pelo sistema. Isso significa que entraram e saíram porque a Justiça determinou a soltura”, explicou o vice-governador.
Ainda segundo o governo, somente em 2025, 659 foragidos ligados a organizações criminosas foram presos em Minas Gerais. A estratégia integra um conjunto de ações voltadas ao fortalecimento da segurança pública e ao combate às facções criminosas no estado.
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