
O Brasil confirmou o primeiro caso da chamada Gripe K, uma nova variante do vírus influenza que tem mobilizado autoridades de saúde em diversos países. O registro, até o momento isolado, ocorreu no estado do Pará e acendeu o sinal de alerta para o monitoramento da circulação do vírus no país.
Conhecida popularmente como Gripe K, a variante é, na verdade, um subclado da influenza A-H3N2. Segundo organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o vírus apresenta maior capacidade de disseminação e tem avançado rapidamente em regiões da Europa, Ásia, Estados Unidos e Canadá. Diante desse cenário, as entidades recomendaram o reforço da vigilância epidemiológica e o estímulo à vacinação, especialmente entre grupos de risco, como idosos.
Com a confirmação do caso em território brasileiro, dúvidas e preocupações passaram a circular nas redes sociais, incluindo temores sobre uma possível nova pandemia. Especialistas, no entanto, destacam que não há motivo para pânico. De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, as vacinas contra a gripe já disponíveis na rede pública de saúde são eficazes para reduzir a gravidade dos casos causados pela nova variante.
“Na verdade, Gripe K é o apelido que foi dado para uma subvariante da influenza A-H3N2. Ela tem mutações suficientes para causar um impacto diferente, como a aceleração da temporada de gripe e maior disseminação”, explica a médica. Segundo ela, embora o vírus tenha apresentado um escape parcial da resposta imune gerada por infecções anteriores ou pela vacinação, não há evidências, até o momento, de que provoque quadros mais graves do que os já conhecidos.
Mônica Levi ressalta ainda que a influenza A-H3N2, de forma geral, tende a causar doenças mais severas em idosos, o que reforça a importância da vacinação e dos cuidados preventivos. “Ele está tendo a chance de se disseminar e causar um impacto maior, principalmente pela facilidade de transmissão, e não por aumento comprovado da gravidade”, afirma.
As autoridades de saúde seguem acompanhando o caso e monitorando possíveis novos registros no país, enquanto reforçam a orientação para que a população mantenha a vacinação em dia e adote medidas básicas de prevenção, como higienização das mãos e atenção aos sintomas gripais.



















