
A manhã desta quinta-feira (26) foi marcada por uma grande mobilização policial em Frutal, com a deflagração da operação “Mérito Reverso”, considerada uma das maiores já realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais na região. A ação, conduzida pela Delegacia de Fraudes, mirou um suposto esquema milionário envolvendo proprietários de garagens de veículos, acusados de utilizar a boa reputação comercial para ocultar patrimônio e aplicar fraudes.
Dois mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra os empresários investigados. Paralelamente, as equipes executaram 13 mandados de busca e apreensão em Frutal, Planura e em empresas apontadas como de fachada, todas ligadas ao mesmo grupo empresarial. Nos estabelecimentos dos suspeitos, todos os veículos encontrados foram apreendidos por determinação judicial.
O delegado responsável pela operação, João Carlos Garcia Pietro Junior, informou que a Justiça autorizou ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal de dez pessoas físicas e jurídicas investigadas. Segundo ele, as medidas visam rastrear o fluxo financeiro e identificar como o grupo estruturava o esquema para disfarçar bens e frustrar credores.
O bloqueio de patrimônio também chamou atenção pelo volume: 13 imóveis, avaliados em cerca de R$ 20 milhões, foram congelados judicialmente. Houve ainda sequestro de valores em contas bancárias e apreensão de diversos veículos.
Durante o cumprimento das ordens, a Polícia Civil encontrou três armas de fogo ilegais, sendo uma delas dentro de uma das garagens investigadas. Também foram recolhidos munições, celulares, notebooks e documentos que agora passam por perícia e análise detalhada.
O nome da operação, “Mérito Reverso”, faz referência ao mecanismo utilizado pelo grupo para, segundo a investigação, “inverter” a confiança conquistada no comércio de veículos, utilizando a credibilidade para atrair clientes, ocultar patrimônio e dar aparência de legalidade a negócios fraudulentos.
A Polícia Civil continua aprofundando as investigações e não descarta novas fases da operação nas próximas semanas. O caso segue sob segredo de Justiça.























