O Complexo Educacional Adriana Marques Vieira da Silva, no Jardim Alvorada, encontrou uma maneira de trabalhar empreendedorismo e solidariedade ao mesmo tempo: a unidade promoveu nesta quarta-feira (3/7) de uma feira de roupas e acessórios para alunos da escola municipal Carmen Nelita Anselmo Vetorazzo, que faz parte do núcleo Alvorada, na qual os estudantes puderam “comprar” produtos.
O chefe de coordenadoria do complexo, Demécio Rodrigo da Silva, conta que as peças vieram de uma campanha de arrecadação junto a pais e funcionários e também de uma contribuição do Fundo Municipal de Solidariedade. “No ano passado, fizemos uma feira de doação, mas alguns alunos ficaram constrangidos de levar produtos para casa. Por isso, nesse ano fizemos a integração com as aulas de empreendedorismo e desenvolvemos um novo formato”, explica.
Cada um dos alunos recebeu o mesmo valor de R$ 100 em dinheiro fictício, para ser utilizado nas lojas da feira. “Assim, todas as crianças foram estimuladas a participar, com o mesmo poder de compra. Isso ainda evitou a ocorrência de bullying, como vimos no passado, em cima das crianças que realmente tinham necessidades por peças”, explica Rodrigo.
O professor coordenador do complexo, Luiz Matheus Ramos, conta que a equipe desenvolveu estratégias para incentivar o pensamento solidário. “Além do empreendedorismo e do consumo responsável, tivemos a ideia de montar lojas com roupas para adultos, para que as crianças também pudessem comprar presentes, estimulando a solidariedade”, afirma.
A professora Priscila Schittkowski Cardozo, do 2º ano, conta que a ação deu resultados práticos. “Vi criança falando que compraria roupa para o vizinho, que não tem condições. Então o conceito de solidariedade é trabalhado desde cedo, além, é claro, dos conceitos matemáticos, como sistema monetário, adição, subtração e noções de grandeza”, explica.
A aluna Pietra Garcia Fernandes, de 7 anos, foi uma das que investiu em presentes. “É muito legal, a gente aprende a ajudar. Eu peguei roupa para a minha mãe e duas para mim. Agora vou pegar um sapato para minha mãe”, diz. O estudante Pietro Henrique Martins Vascão, também de 7 anos, “comprou” duas camisetas. “To achando legal porque a gente pode economizar e se divertir comprando coisas”, afirma.
Participaram do evento 600 crianças, com idades entre 6 e 12 anos.
